A nossa equipe de reportagem entrou em contato com a Secretaria de Saúde e a Vigilância Epidemiológica de Matupá para colher informações sobre a veracidade ou não de um áudio postado e compartilhado em um aplicativo de celular e nas redes sociais sobre a suposta contaminação por Covid-19 de 70% dos funcionários de uma empresa supermercadista que atua no município (Atacado Machado), bem como, afirmando que seus colaboradores fazem o tratamento da doença em hospitais privados das cidades de Matupá e Guarantã do Norte, e não na rede pública, com objetivo de esconder o registro dos casos.
No áudio gravado por uma pessoa ainda não identificada, foi feita a menção de que o Prefeito de Matupá, Valter Miotto Ferreira, havia contraído o novo coronavirus. Em contato telefônico, Miotto disse que realizou os testes e exames que se apresentaram ‘NEGATIVOS’ em todas as ocasiões.
Todos esses fatos foram desmentidos e não procedem, segundo a Secretaria de Saúde Matupaense.
Em contato com a Direção do Atacado Machado, fomos informados de que a empresa tem promovido ações de caráter preventivo e feito as adequações apontadas pela Vigilância Epidemiológica no sentido de resguardar seus colaboradores e clientes de um possível contágio.
Dentre as medidas preventivas estão: Instalação de Painéis de Acrílico nos Caixas, Disponibilização de Lavatórios de Higienização, Limpeza e Desinfecção de Carrinhos, Cestas de Compras e Ambientes, Exigência de Uso de Máscaras Faciais, Aplicação de Adesivos de Sinalização Orientativa sobre Distanciamento, Implantação de Pontos de Álcool Gel nos Corredores, Setores e Departamentos, Constante Monitoramento da Temperatura dos Colaboradores, Divulgação de Informes no Sistema de Som Ambiente, Uso de Protetor Facial, Prestação de Assistência aos Funcionários, entre outras atividades preconizadas como sendo eficazes para o impedimento do contágio e possível disseminação do COVID-19.
A empresa Atacado Machado informou que continuará focada na adoção de medidas de higiene e prevenção recomendadas pelo Decreto Municipal, Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde para evitar a proliferação do vírus, mantendo atendimento de excelência e com muito mais empatia nesse período de crise, afim de priorizar a proteção a saúde e segurança de todas as pessoas (clientes, funcionários, fornecedores e população em geral).
Fique por Dentro
Relatório divulgado pela Unesco informou que, segundo dois estudos internacionais recentes, 40% dos posts relacionados à pandemia em redes sociais não são confiáveis.
A ONU considera as fake news sobre o novo coronavírus “mais mortais que qualquer outra desinformação”. Para os especialistas, diante do cenário atual, o acesso a informação confiável pode significar a vida ou a morte em tempos de coronavírus.
Atualização
Uma senhora residente em Guarantã do Norte é a autora da gravação do referido áudio. Ela esteve na manhã desta sexta-feira no Atacado Machado para pedir desculpas a gerência e colaboradores, pois segundo ela, a gravação foi feita a muitos dias atrás, impensadamente e por estar com medo, por ser do grupo de risco. Para os representantes da empresa supermercadista, argumentou ter escutado os fatos e relatos de outras pessoas, não sabendo de que se tratavam de mentiras, e resolveu fazer a postagem em um grupo de whatsapp, porém a mesma viralizando.